sexta-feira, 25 de julho de 2008

Brasil sem sua alma em Pequim

Por Raoni Alves

O Brasil não poderá contar com o seu principal jogador e único craque em atividade que ainda não decepcionou com a camisa canarinho. Robinho não jogará as Olimpíadas e Dunga acabou de perder seu símbolo dentro de campo.

A proibição do Real Madrid poderia ter sido, no mínimo, mais honesta. Essa história de contusão no púbis não colou. Os médicos da seleção afirmaram que com tratamento o camisa 11 estaria em perfeitas condições em duas semanas no máximo.

Na minha opinião, a CBF deve ser dura com o clube espanhol. A lei diz que os jogadores com mais de 23 anos não são obrigados a serem liberados por seus clubes para a disputa dos jogos Olímpicos. Eu não concordo com a lei, mas se ela existe, deve ser cumprida. O desrespeito cometido pelo Real Madrid foi anunciar que liberaria o jogador com mais de um mês de antecedência e na véspera do final das inscrições, declarar que Robinho não poderia embarcar para Pequim.

A atitude deixou o técnico Dunga com poucas alternativas. O treinador resolveu chamar Ramires. O cruzeirense é um bom jogador, muito útil, mas é um marcador, um volante, muito diferente de Robinho. O Brasil continua tendo um bom time para buscar o ouro olímpico, mas agora não terá sua alma em campo. Dunga não terá seu símbolo de dedicação, tanto dentro, como fora de campo. O problema é ainda maior se lembrarmos que Ronaldinho Gaúcho não terá com quem dividir as responsabilidades e as fortes cobranças. Todos os outros jogadores são jovens e sem muita experiência. Só nos resta torcer e muito para em fim subir ao degrau mais alto do podium.

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