quarta-feira, 11 de junho de 2008

O céu e o inferno são logo ali

Por Bernardo Seabra

Com a pausa na Copa Libertadores e no Campeonato Brasileiro, não se fala em outra coisa senão na grande final da Copa do Brasil. É muito difícil apontar um favorito, mesmo com a vantagem que o Corinthians tem. É só olhar o retrospecto do Sport neste campeonato, eliminando Vasco, Internacional e Palmeiras. O triunfo ou o fracasso colocam as duas equipes muito próximas do paraíso ou do purgatório. O resultado do jogo de hoje interfere no resto da temporada deste ano.

Apesar da vitória na final da Copa do Brasil dar o mesmo privilégio para ambos os clubes, o significado para cada um deles vai muito além da vaga na Copa Libertadores da América 2009. Para o Sport, a vaga na competição continental pode ser considerado a maior conquista do clube do Recife – mais até do que o contestado título no Brasileiro de 1987. Já para o time do parque São Jorge, um título de grandeza nacional apagaria a pífia campanha na temporada passada.

Já em caso de derrota em qualquer um dos lados, um mar de pressão e desilusão poderá invadir ou São Paulo ou Recife. A situação do Corinthians ainda é um pouco mais complicada. Uma derrota pode colocar um peso descomunal nos ombros dos jogadores que foram contratados para fazer o time retornar a elite do futebol brasileiro. Apesar do que, acho improvável que o Corinthians não consiga ficar entre os quatro da série B. Analisando o futebol jogado até agora o Timão é um dos favoritos ao título.

Na Ilha do Retiro, uma derrota pode significar a ruína de um trabalho muito bom que vem sendo feito para o campeonato Brasileiro. Nelsinho Batista vem fazendo um bom trabalho no comando do time pernambucano e mesmo jogando algumas partidas com o time reserva o Sport é o 6º colocado, dois pontos a menos que Grêmio (4º) e Náutico (3º), ambos na zona da libertadores.

Preparem as pipocas e aquela cervejinha – para quem não bebe um guaraná ou uma mineral vai bem. A única coisa certa é que a Ilha do Retiro estará super lotada e dentro do tapete verde, um jogão de bola imperdível nesta quarta-feira. Minha previsão para a partida? Prefiro ficar com as palavras do jornalista Teixeira Heizer: “Prenunciar um resultado de uma partida de futebol é o mesmo que escrever poemas em areias movediças”.

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