Por Raoni Alves

Ao menos os jogadores e comissão técnica terão a tranqüilidade que ainda não tiveram na seleção. Dunga ganhou uma sobrevida e provavelmente não ouvirá com tanta frequência os pedidos por outro treinador. Resta saber até quando. Robinho deixou a impressão que não fará diferença o local onde jogará na próxima temporada. Basta lembrar que o craque das pedaladas nunca foi 100% feliz no Real Madrid e nesse período sempre arrebentou com a amarelinha. O Brasil sabe que tem uma zaga consistente, seja com os titulares Lucio e Juan, ou com as entradas de Luizão e Alex Silva, sem falar em Breno e Thiago Silva, por exemplo. O ataque foi competente e encontrou, definitivamente, o seu homem gol. O "Fabuloso" foi o melhor em campo ontem e nas últimas vezes que foi exigido sempre se saiu bem. Diego foi uma grata surpresa. Ronaldinho, jogando mais a frente, sem se movimentar tanto, mas com vontade, mostrou que seus passes continuam sendo muito precisos. Resta definir os laterais e os volantes. Eles não comprometeram contra a seleção chilena, mas Lucas e Hernanes são muito mais jogadores que Josué e Gilberto Silva. E por incrível que pareça dois anos se passaram e as lacunas deixadas por Cafu e Roberto Carlos ainda não foram preenchidas.
Independente do resultado, a melhor noticia dos 3 a 0 de ontem, foi a volta do bom futebol, da vontade de vencer, do ânimo e vibração dos jogadores, antes, durante e depois da partida. O Brasil voltou a jogar para frente. Voltou a se preocupar primeiro em vencer, independente da força de seu adversário. Vale lembrar que o time Chileno é muito bom, habilidoso e veloz. Os comandados por El Loco Bielsa, que de maluco não tem nada, jogaram para cima e fizeram um jogo muito parelho, que o placar talvez esconda.

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