sábado, 26 de junho de 2010

COPA DO MUNDO: AGORA É A VERA

Por Raoni Alves

Chegamos ao final da primeira fase e ao início da verdadeira Copa do Mundo. Agora é a vera. É para valer e o bicho vai pegar. Eu sei, eu sei, o nível de muitos jogos dessa primeira fase deixou muito a desejar. Alguns times não cumpriram o esperado e tivemos fortes candidatos terminando em segundo lugar de seus grupos (Inglaterra), outros nem da primeira fase passaram (França e Itália). Mas apesar de quase todas as seleções ainda não terem apresentado um belo futebol, algumas equipes cumpriram muito bem o seu papel, casos de Argentina, Brasil, Holanda e até mesmo da Alemanha. Essa última com um futebol de altos e baixos, mas extremamente eficiente, como só os alemãs conseguem ser.

Agora que a Copa passa a ser no sistema de mata-mata só veremos grandes jogos, se não pela técnica e pela disposição ao ataque, certamente pela emoção, que não faltará. As oitavas-de-final já nós reservam grandes clássicos como Alemanha x Inglaterra; Espanha x Portugal; Argentina x México. Apesar de ainda considerar o time dirigido por Maradona um dos grandes candidatos ao título, o favoritismo da Argentina não é tão grande assim como muitos podem imaginar. Dentre esses confrontos, Espanha e Alemanha levam certo favoritismo diante dos oponentes, mas clássico é clássico e vice-versa, como já disseram um dia.

Destaque maior dessa Copa, a América, como um continente único, realmente vem sendo surpreendente. Se Argentina e Brasil sempre foram barbadas, ninguém poderia esperar que Uruguai, Paraguai e EUA liderassem seus grupos, diante de França, Itália e Inglaterra, respectivamente. Sem esquecer o Chile, que se classificou em segundo lugar depois de duas vitórias e uma derrota no grupo da super favorita Espanha. Ainda temos o México, que no mesmo grupo de Uruguai e França alcançou o segundo posto e a grande classificação. Uma pena que pelo caminho já tenham que enfrentar os argentinos, mas como disse anteriormente, que Don Dieguito abra bem os olhos diante dos mexicanos, que contra o Brasil já cansaram de surpreender em competições menores. De todos esses, meu maior destaque é para o grande jogo coletivo, guerreiro e intransponível dos uruguaios. São eles os únicos que ainda não tomaram gols nesse mundial. Na minha opinião, Estados Unidos e Uruguai passarão por Gana e Coréia do Sul, respectivamente, e um deles fará a semifinal diante de Holanda ou Brasil.

Se em um dos lados da tabela o caminho é menos espinhoso para o Brasil, tendo somente a Holanda como grande adversário, o outro lado da chave deverá ser muito duro para meu outro candidato a chegar à grande final. Nesse caso, se a Argentina passar pelos mexicanos terá que enfrentar o vencedor de Inglaterra e Alemanha. Passando, chegará à semifinal, provavelmente contra Espanha ou Portugal. Que pedreira em Maradona!

Contudo, depois de observar as seleções em campo eu aponto Brasil e Argentina como finalistas do mundial. São as duas seleções que melhor jogam bola e tem tradição, diferente de Espanha e Holanda, que também jogam para frente, mas não conseguem superar a barreira da falta de títulos. Parece até uma contradição eu apontar os sul americanos como finalistas, depois de acreditar em um título inédito na África do Sul, mas mudei de idéia e acho que não será dessa vez que um europeu vencerá fora de seus domínios. E também fico fascinado pela possibilidade do grande jogo que será Brasil e Argentina, certamente os dois maiores formadores de craques da história do futebol mundial. Messi de um lado, Kaka de outro. Luis Fabiano e Higuain. Robinho e Tevez. Grandes jogadores, grandes rivais, sete títulos mundiais... Ah! Como iria me esquecer. Dunga VS Maradona. Ai Deus! Imaginem a marra do vencedor. Pensando bem, acho que não quero mais essa final.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O EQUILIBRIO JOGA COM A 10

Por Raoni Alves


Brasil, Espanha, Argentina, Holanda, Inglaterra... Quem sairá da África campeão? Sinceramente, não faço a menor idéia e qualquer analista que apareça com algum palpite cravado estará, no mínimo, querendo uma vaga de vidente no país. Sobram favoritos, faltam certezas e ainda restam as zebras, que se nunca levantaram o caneco, pela primeira vez na história estarão em seu habitat natural durante a Copa do Mundo.

A FURIA

Nessa Copa existem times mais favoritos do que outros, é verdade, mas mesmo assim a lista de candidatos é extensa. A Espanha é a seleção que joga o futebol mais bonito e ainda por cima é eficiente. A prova disso foi o título de campeão europeu, conquistado em 2008. Praticamente o mesmo time vai à África do Sul. A Fúria tem um excelente ataque, veloz e objetivo, com Villa e Torres lá na frente. O meio de campo apresenta o melhor toque de bola do futebol mundial. Xavi Alonso, Fabregas, Xavi e Iniesta formam um quarteto de muita qualidade. Passes precisos, velocidade e muita movimentação são os pontos fortes do sistema ofensivo. A zaga, com Pique e Puyol, é boa, mas em comparação com o restante do time deixa a desejar. Capdevila e Sergio Ramos são os laterais. Casillas é o camisa 1 e faz muito bem o seu papel. Dos onze titulares, apenas três não pertencem a dupla Barcelona e Real Madrid. Esse "entrosamento", se não for um divisor, pode realmente ser fundamental na conquista do mundial. Resta saber se a Fúria não vai amarelar e repetir a sua história em copas. A meu ver, é a melhor geração espanhola de todos os tempos e vai brigar pela taça, o problema é o percurso até a final. O caminho provavelmente terá Portugal, nas oitavas-de-final, Itália e Argentina, logo na sequência. Será que dessa vez vai?

LARANJA MECÂNICA

A Holanda é a minha segunda seleção no quesito bons de bola e força no conjunto. O time chega a Copa do Mundo com ótimas opções no ataque. Se a lesão do camisa 11, Arjen Robben, não for grave, o ataque será muito leve, veloz e dinâmico. O micro carrossel terá além de Robben, Rafael van der Vaart (ou Kuyt) e Van Persie. Excelente! Abastecendo esse trio, estará o melhor jogador do time, Sneijder, o mesmo que comandou a Inter de Milão rumo à tríplice coroa européia. Nigel de Jong e Mark van Bommel seguram a onda na marcação, sendo que Van Bommel chega muito bem à frente. A linha defensiva, eu admito, conheço pouco, mas certamente se manterá atrás da linha da bola, como na maioria das seleções do velho continente. Bom, está ai um sério candidato ao título. Nas duas últimas vezes que chegou bem pegou o Brasil nas quartas-de-final e perdeu (94 e 98). Se quiser realmente o troféu terá que superar esse trauma, já que se todos os favoritos liderarem seus grupos e passarem das oitavas-de-final, o confronto se repetirá. Acho que nessa hora a camisa pesa.

RUMO AO HEXA

Seguindo meu ranking de melhor futebol apresentado vem o Brasil. Como já falei em outros posts do Gol a Gol, essa seleção tem no contra ataque sua arma mortal. Zaga compacta e muito técnica, laterais rápidos, um meio de campo destruidor e um trio de frente capaz de exterminar adversários cirurgicamente. Esse é o Brasil. Seria perfeito e amplamente favorito se possuísse um melhor passe entre seus volantes e um banco de reservas que garantisse o tranco diante de qualquer eventualidade. Por esses dois pontos, que na minha avaliação, o time canarinho está entre os postulantes ao título e não como o melhor time do mundo.

LOS HERMANOS

Argentina é sempre a Argentina. Com Maradona então, nem se fala. Como não poderia deixar de ser, a passagem dos hermanos pela África vem sendo cercada por polemicas. Já tivemos torcedores sendo expulsos do país, diretor técnico saindo do armário, Maradona fumando charuto e muito mais. Agora, dentro de campo, exclusivamente no ataque, esse povo não tem do que reclamar. A constelação conta com seis atacantes (Messi, Higuain, Tevez, Milito, Aguero e Palermo). Na criação jogam: Veron, Di Maria e Max Rodriguez. A vaga de cão de guarda pertence à Mascherano, que alem de marcar muito, tem habilidade nos pés. Contudo, o calcanhar de Aquiles desse time é a defesa. O goleiro Sergio Romero não representa a boa escola do país e tentando não atrapalhar o resto do time estão figuras pouco seguras na defesa como Demichelis, Otamendi, Samuel e Burdisso. Acho muito pouco para um time campeão. Porem, nunca duvide deles, mesmo que estejam no chão. Vale lembrar que o caminho dos hermanos é relativamente tranquilo. Se nada sair do cronograma, as oitavas serão contra mexicanos ou uruguaios e as quartas, contra a Alemanha, que dentre os campeões tem o time mais fraco. Outro pequeno detalhe, que de detalhe não tem nada, é que no meio de tantos argentinos estará Leonel Messi, o melhor do mundo na atualidade e que vem fazendo chover nos campos de quase todo o planeta. Se brilhar nos gramados africanos não lhe faltará mais nada, com apenas 23 anos.

ENGLISH TEAM

A Inglaterra segue o padrão das outras duas seleções européias já citadas nesse mesmo post. Tem um time muito qualificado, conta com uma defesa forte, um meio de campo de raríssimo poder de decisão, nas figuras de Joe Cole (Chelsea), Steven Gerrard (Liverpool) e Frank Lampard (Chelsea), e um fora de série lá na frente, Wayne Rooney. Falta um companheiro eficaz para ajudar a estrela da companhia no ataque, mas mesmo assim é um candidato ao título. Resta entender se são uma forte equipe ou apenas grandes jogadores atuando do mesmo lado.

ZEBRAS EM CASA

Portugal, França, Alemanha e Itália, nesta ordem, são postulantes ao título, mas não apostaria um vintém nessas seleções. A virgem seleção de Portugal está um pouco à frente das campeãs França, Alemanha e Itália devido ao seu grande e único craque, Cristiano Ronaldo. Porem, não acredito que o "gajo" terá força para levar o time à final sozinho. De resto, destacaria para os papeis de zebras, as seleções da Costa do Marfim e dos Estados Unidos. Não serão campeãs, mas poderão surpreender muitos leões pelo caminho. Entre as duas, ainda aposto mais nos americanos, que terão um caminho menos complicado que os africanos. Nessa Copa o equilíbrio é o maior tempero e ele está tão presente que eu apostaria que o mundo vai conhecer um novo campeão mundial em julho. Se tivesse que escolher uma das seleções entre as que ainda não levantaram o caneco, eu ficaria com a Espanha, mas com uma grande vontade de torcer pela Holanda. Acho que o futebol deve um título aos holandeses pela revolução apresentada em 74. Na próxima sexta-feira (11/06) a Jabulani começa a rolar e somente uma coisa é certa: em apenas 30 dias tudo será diferente, ou não.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O TIME É ESSE E RUMO AO HEXA

Por Raoni Alves

No último dia cinco de março, há 73 dias atrás, eu tentei adivinhar o que se passava na cabeça do comandante da nossa seleção. Não foi um simples chutômetro. Os palpites sobre os selecionáveis vieram depois de três anos e meio acompanhando o trabalho e as entrevistas do zangado treinador da nossa seleção. E como Dunga nunca foi um cara imprevisível e por tanto sempre teve a "coerência" como escudo para espantar novas experiências, eu consegui acertar 20 dos 23 convocados que defenderão o Brasil na Copa da África do Sul. Errei um goleiro (apostei em Vitor no lugar de Gomes), um lateral esquerdo (Ronaldinho Gaucho/Gilberto) e um atacante (Adriano/Grafite). Droga! Como eu queria que o Dunga fosse menos coerente e previsível. Será esse o drama do nosso time? Espero que tanta previsibilidade não facilite a vida de nossos oponentes.

Contudo, não tem conversa. O time que vai a Copa é esse e mesmo discordando de A, B e C, vou torcer pelo hexa e vibrar muito com cada gol brasileiro. Esse é meu papel como torcedor. Apoiarei o Dunga e seus jogadores, mas meu papel de comentarista não pode ficar de lado. Perdendo ou ganhando, eu e tantos outros, vamos expor opiniões. Espero que nosso “professor” não fique com raivinha caso alguém discorde de suas convicções. Não seremos menos brasileiros e nem menos patriotas por isso. Por favor, né zangado!

Esse time tem chance de ganhar a copa? Sim, tem. Nós temos um elenco vibrante e com uma disposição tática poucas vezes vista. Porém, é um Brasil que jogará nos contra-ataques. É um time com uma defesa sensacional. Esse será nosso ponto forte. A base dessa zaga vai decidir a Liga dos Campeões da Europa, com Julio César, Lucio e Maicon, em favor da Inter de Milão. Esse mesmo trio foi muito responsável por parar Messi e cia, na semifinal da mesma competição, contra o virtuoso Barcelona. Não lembro de uma defesa tão segura como essa. Além disso, vamos ter no time titular dois cabeças-de-área que dificilmente chegarão ao ataque (Gilberto Silva e Felipe Melo) e mais um volante com mobilidade para ir à frente, mas com grande preocupação com a marcação (Ramires). Tirando esses jogadores, nos restam mais três atletas com força ofensiva (Kaka, Robinho e Luis Fabiano). Será suficiente? Tenho minhas duvidas.

E o banco de reservas? Lá, teremos dois atacantes de ofício, sem experiência em mundiais (Nilmar e Grafite). De resto, um time de volantes e zagueiros (Josué, Elano, Kleberson, Júlio Batista, Luisão e Thiago Silva). As opções para uma mudança de atitude durante a competição só virão das laterais, com Gilberto e principalmente Daniel Alves. Dunga, tomara que tanta coerência dê resultados. Afinal, aparentemente, um duelo entre esse time do Dunga e uma seleção dos jogadores que não foram à Copa seria um jogo interessante. Na minha opinião ganharia o time dos excluídos. Imaginem só: Vitor, Rafinha, Alex, Miranda e Marcelo; Lucas, Denilson, Ganso e Ronaldinho Gaucho; Neymar ou Pato e Adriano. Mas essa é apenas a minha humilde opinião. Não se ofenda Dunga. Tio Parreira ficaria orgulhoso com tamanha teimosia. Que venha o hexa, contestado ou não, será uma festa só.

domingo, 2 de maio de 2010

ADRIANO, LIBERTE O MIÚRA ADORMECIDO

Por Raoni Alves

Uma vez, conversando com o meu sábio pai em uma mesa de bar, logo apos a vitória do Flamengo sobre o Náutico, por 2 a 0, em pleno Estádio dos Aflitos, há poucas rodadas do termino do Campeonato Brasileiro mais equilibrado dos últimos anos, aquele que daria ao time da Gávea o hexacampeonato, eu ouvi a melhor definição sobre o futebol do Imperador. Meu pai disse que Adriano era como um touro bravo, um Miúra, que ficava ali encarando os adversários, olho no olho, a espera de um espaço para acertar sua patada. E se o espaço não aparecesse, ele mesmo criaria, com aquela força desproporcional para um atacante, que naquele momento e em tantos outros da carreira estava de bem com a vida e num esplendoroso vigor físico.

Adriano e o touro são de intimidar oponentes. Os dois derrubam adversários que vão ao seu encontro, os dois têm no olhar e na força suas principais armas. Só que tanto a perna esquerda do imperador, como os chifres de um Miúra podem transformar sonhos em frustrações, ou fazer vibrar aqueles que estão na sua torcida. Porém, os dois vivem em realidades que incomodam. Enquanto o touro vai a arena para morrer, o camisa dez nasceu para viver no gueto e agoniza a cada entrevista ou explicação que tenha que dar.

O destino do imperador estava traçado, ele seria apenas mais um a virar bandido e quem sabe conseguir chegar aos 20 anos. Sua realidade é na favela e problema nenhum teria o gosto por sua comunidade se ele não estivesse jogado fora a chance de mudar seu caminho e deixar seu exemplo como esperança para os mais jovens. Milhões de dólares, Libertadores, Copa do Mundo... Nada disso importa. "O que eu quero é ser feliz", diria o imperador. A falta de profissionalismo do atacante supera qualquer grande craque bad-boy do passado. Talvez somente Garrincha tenha sido tão Adriano. Mesmo assim, por serem épocas totalmente distintas, o desapego do Imperador com o futebol seja totalmente único. "To nem ai". Provavelmente seja esse o sentimento do imperador se não for à África do Sul no mês de julho. Talves o Miúra pense o mesmo ao deixar de ir a Plaza Del Toros, em Madrid, para aproveitar mais um domingo com seus iguais.

Contudo, sempre estará em seu instinto a força e a vontade de derrubar aqueles que se colocam à sua frente. Nem Adriano, nem um Miúra fazem distinção de adversários, imprensa, ou torcida. Eles querem é derrubá-los. O olhar continua intimidando, mas e a força ainda é a mesma? O Miúra luta até a morte e a torcida do Flamengo não aceitará mais uma queda sem sua principal força em campo. Portanto, Adriano, apareça, liberte o Miúra que está adormecido e mais uma vez derrube seus oponentes.

sexta-feira, 5 de março de 2010

COMO ANDA A CABEÇA DO DUNGA?


Por Raoni Alves

Se cada brasileiro já tinha uma contagem regressiva na cabeça para apagar da memória aquele gol do Frances Thierry Henry, nas quartas de final da Copa de 2006, hoje, o mundo todo sabe que em 98 dias o planeta vai eleger novos heróis e certamente mais alguns vilões da bola. Com a proximidade da Copa da África, as duvidas na cabeça do nosso zangado técnico são muito poucas. Provavelmente 90% do grupo que vai buscar o hexa já esta com o passaporte carimbado. Na minha opinião, o "professor" só não sabe ainda quem vai ficar com a camisa 6 e também não sabe a resposta para a pergunta que assombra tudo e todos. Vale ou não levar o craque Ronaldinho Gaucho?

Vamos com calma. No gol não resta dúvida. Julio Cesar é unanimidade. O camisa 12 deve ser Doni e o terceiro goleiro muito provavelmente será o Vitor, do Grêmio. Os zagueiros estão formados com Lucio, Juan, Thiago Silva e Luizão. Na direita, Maicon e Daniel Alves estão tão confirmados na copa quanto Dunga e Jorginho. Os marcadores do meio de campo serão Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué e Ramires. Na criação o nosso bravo treinador deve mesmo apostar em Elano, Julio Batista, Kaka e Kleberson, que depois dessa última convocação parece mesmo ter moral com o Dunga. Nosso ataque no mundial só não terá Robinho e Luiz Fabiano se houver algum imprevisto como contusão ou suspensão, (três batidas na madeira). Essa regra vale também para Adriano. A outra vaga no ataque está entre Nilmar e Pato. Torço para que o atacante do Milan convença a comissão técnica que pode fazer bonito na Copa, mas acho que o artilheiro do Villareal corre bem na frente.

Restam então as questões que já citei no primeiro parágrafo. Como decifrar essas duvidas? A camisa 6 parece que vai cair no colo de Michel Bastos, do Lyon. Não que ele seja ruim, longe disso, mas ainda não entendo como Marcelo, do Real Madrid, e Fábio Aurélio, do Liverpool, não ganharam essa briga. Quem perdeu espaço foi Andre Santos, que jogou a Copa das Confederações e não foi nem lembrado nessa última lista. Ainda tem o Gilberto, do Cruzeiro, que ressurgiu depois de um tenebroso inverno sem convocações. Porém, se minha bola de cristal estiver certa será essa vaga, a de lateral esquerdo reserva, que vai sobrar para entrar mais um meia/atacante. Está ai a vaga que Ronaldinho Gaucho precisa para voltar a vestir a amarelinha.

Qualidade técnica e o poder de desmontar adversários são incontestáveis no futebol do Gaucho. Então porque não levá-lo? Essa pergunta, Dunga tenta responder com o protocolar "ele teve sua chance. Temos que levar os jogadores que estão com nós"(sic), diria o "professor". Eu tento entender, mas não acredito que se o craque do Milan continuar gastando a bola do jeito que está não será lembrado. A presença do Ronaldinho no banco já faria muitos adversários tremerem. E o Dunga é bom em dar um gelinho no jogador para ele voltar com ainda mais vontade. Torço e acredito que o Dunga esteja esperando até o último momento para levar o Gaucho. Essa solução é perfeitamente possível, até mesmo porque Daniel Alves esta tão a vontade na seleção que onde entra resolve. Ele pode perfeitamente fazer a lateral esquerda em qualquer eventualidade. Até mesmo ser titular. E como, teoricamente, essa vaga não pertence a ninguém, Dunga não ficaria mal com seus comandados.

Bom, como nosso "amante da imprensa" segue uma linha de raciocínio que privilegia a dedicação, o comprometimento e as atuações sob seu comando, os críticos do futebol de Julio Batista, Josué e Elano podem tirar o cavalinho da chuva. Eles vão a Copa. Mas não desanimem Anderson Polga, Vampeta e Ronaldão também foram campeões do mundo. O título é possível!