Hoje o “Gol a Gol” recebe Philip Bennett, árbitro da Federação Carioca, para conversar sobre as arbitragens nos jogos deste Brasileirão.
Acompanhe uma breve entrevista que nosso convidado especial nos concedeu nos bastidores da Rádio FACHA.
Acompanhe uma breve entrevista que nosso convidado especial nos concedeu nos bastidores da Rádio FACHA.
G!: O que está acontecendo com a arbitragem neste Brasileirão, que tem sido tão questionada?
R: A arbitragem sempre foi a mesma. Os erros sempre aconteceram e sempre vão acontecer já que estamos lidando com humanos passíveis de erros. A diferença está na tecnologia que antigamente não havia essa grande quantidade de câmeras no campo de futebol para analisar e ver quais foram os erros da arbitragem. O que precisa se fazer é continuar trabalhando sempre focado na perfeição. As torcidas, os dirigentes e os jogadores, de um modo geral, também fazem muita pressão nos árbitros e julgam a arbitragem antes do jogo acontecer. Tem que haver uma consciência de que o árbitro precisa trabalhar e o foco não pode ser sobre ele. Mas porque isso é feito? Pelo simples fato de após uma derrota, a culpa cair sobre a arbitragem, o que vem sendo feito constantemente.
G!: Qual o melhor tipo de punição para os árbitros repensarem seus erros e reverem seus conceitos?
R: Creio que não se deve haver uma punição. O que pode ser feito é chamar o árbitro para uma conversa para discutir o lance com ajuda das imagens e com isso mostrar aonde aconteceu o erro e porque ele ocorreu. Não concordo com a “geladeira” para os árbitros porque com isso o árbitro fica muito visado e vai ser lembrado sempre por esse erro já que essa é uma punição pública. A conversa e a escala desse árbitro em jogos de menores portes é o ideal.
G!: Conte um pouco da sua carreira para o “Gol a Gol”.
R: Me formei no final de 2004 pela Univercidade e entrei na FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) no início de 2005. Minha estréia foi no dia 24/04/05 no jogo Brescia X Rio de Janeiro, em São Gonçalo. No primeiro ano fiz jogos da categoria Mirim e alguns da categoria Infantil. Em 2006 continuei na categoria Infantil e já apitei alguns da categoria acima que é a Juvenil. Meu primeiro clássico foi nesse ano, no dia 20/08/06, Fluminense X Flamengo nas Laranjeiras. Foi um grande jogo e realmente mais uma data inesquecível para mim. No início de 2007 fui 4º árbitro de 2 partidas da categoria Juniores, no Campeonato Carioca e atualmente estou apitando a 3º divisão do Campeonato Carioca e sendo 4º árbitro na 2º divisão. Esse ano de 2007 realmente está sendo marcante e foi o ano em que minha carreira cresceu bastante.
G!: Porque a bandeirinha Ana Paula de Oliveira foi duramente punida enquanto outros juízes que cometem erros semelhantes não sofrem a mesma medida? Você acredita que ainda há preconceito na arbitragem?
R: Não existe preconceito na arbitragem. Até onde eu sei, ela não está punida até porque na minha opinião, não se pode crucificá-la naquele jogo já que o segundo gol é um lance de interpretação e ela juntamente com o árbitro interpretaram que o jogador que estava em posição de impedimento participou do lance. Já no primeiro gol, o jogador do Botafogo estava na mesma linha do penúltimo defensor o que torna um lance muito difícil para um olho nu. Então como eu disse, até onde eu sei, ela está de licença para divulgar a sua revista e volta em Setembro.
G!: Philip, aproveitamos a ocasião para convidá-lo a fazer parte, permanentemente, da nossa mesa de comentaristas. E aí o convite está aceito ou não?
R: Com certeza. Será um prazer fazer parte do programa não só por ser de esportes, mas também porque é da área de jornalismo que é o que nós estudamos e pretendemos fazer no futuro. Desde já digo que o programa “Gol a gol” pode contar com a minha participação todas as quartas-feiras e se no futuro o programa se expandir, estarei presente nos demais dias se eu estiver convidado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário